O tsuru aqui é utilizado como uma metáfora para o animal ‘beija-flor’, símbolo de leveza, fugacidade e liberdade, que faz parte das vivências da artista. Ao invés de admirado à distância, ele é consumido. A cena, aparentemente cotidiana, carrega um gesto radical e simbólico: o ato de consumir o próprio símbolo.

Essa apropriação do símbolo revela tensões entre desejo, projeção e identidade. A figura, que é semelhante a artista, adiciona um viés quase antropofágico à cena, como se, enquanto devorasse o tsuru, absorvesse aquilo que poderia a transformar ou libertar. O corpo que come também é o corpo que se transforma. Uma tentativa de domínio sobre o que nos atravessa.

Apropriação

Tinta acrílica sobre tela, 40x50cm.

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