Com um tsuru pousado delicadamente sobre sua cabeça, a personagem olha para cima com um misto de surpresa e contemplação. O tsuru, símbolo que representa o beija-flor, encarna aqui o início da consciência — o momento em que o imaginário do beija-flor se aproxima da personagem sem pedir licença.

A escolha do nome “Pouso-de-Vento”  faz referência a expressão “cabeça de vento”.  O tsuru pairando desavisado representa um gesto de escuta, de abertura ao acaso, onde ideias inesperadas pousam sem aviso. A pintura nasce de um autorretrato e traz esse instante de pausa e estranhamento, como se pairasse pela primeira vez na cabeça da personagem a ideia de que poderia voar.